O lançamento da 29ª edição da revista Traços ocorreu no último sábado, 20, no auditório do Bloco K. O evento foi organizado pelo professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Universidade Católica de Brasília, Alan Santos. Além dos estudantes, estiveram presentes o ator brasiliense, Murilo Grossi; o dirigente da revista, André Noblat; a porta-voz da Traços, Maria da Conceição.
Na oportunidade, o jornalista André Noblat explicou que a revista é uma publicação alternativa que promove a cultura do Distrito Federal e a reinserção de pessoas em situação de rua na sociedade. Portanto, segundo ele, a Traços possui duplo papel social: apresentar para a comunidade brasiliense os artistas que vivem na cidade e dar uma vida digna aos moradores de rua, que atuam como porta-vozes do periódico, por meio da venda dos exemplares. Conforme Noblat, a missão da revista é produzir um conteúdo relevante, fazendo os porta-vozes sentirem orgulho do que está vendendo.
Murilo Grossi, que está na capa da 29ª edição da Traços e é conhecido pelos diversos trabalhos em novelas globais, filmes e peças de teatro, elogiou o trabalho da revista. “É um projeto muito interessante. A Traços é um grande exemplo de reflexão sobre jornalismo”, expôs.
A ex-moradora de rua e hoje porta-voz da Traços, Maria da Conceição, contou aos estudantes sobre a transformação que a revista gerou em sua vida. “Tenho muito orgulho de estar na Traços. Quando eu era moradora de rua, as pessoas não me enxergavam, sentiam nojo, eu era um nada, mas hoje as pessoas me enxergam e me respeitam”, revelou Conceição.
Fake news
Ainda na palestra, André Noblat falou sobre o cenário atual do jornalismo no Brasil. Para ele, a ascensão das fake news fizeram o jornalismo se tornar mais importante que nunca. “Os bons jornalistas e as pessoas que levam a informação com seriedade são fundamentais na guerra da desinformação que existe hoje com as fake news”, afirmou.
O jornalista também alertou os estudantes sobre um dos princípios do jornalismo: levar a verdade. “O jornalista tem a responsabilidade de combater inverdades. Hoje o papel do jornalismo não é só dar a notícia correta, mas também identificar as fake news, desmentir e repassar para a população”, disse.