No último dia 26 de outubro, aconteceu a cerimônia de premiação do 24º Congresso de Iniciação Científica da Universidade de Brasília (UnB) e 15º Congresso de Iniciação Científica do Distrito Federal. O evento contou com a participação de estudantes de graduação da Universidade de Brasília (UnB); Universidade Católica de Brasília (UCB); Centro Universitário de Brasília (UniCeub); Centro Universitário do Distrito Federal (UDF); Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB); Instituto Federal de Brasília (IFB), e, nessa edição, estudantes do Ensino Médio.
Ao todo foram apresentados mais de 3000 trabalhos de pesquisa, desenvolvidos no período compreendido entre agosto de 2017 e julho de 2018, no âmbito dos programas institucionais de bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF) e da contrapartida das instituições envolvidas, contemplando as seguintes modalidades de editais: Programa de Iniciação Científica (PIBIC); Programa de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação (PIBITI), Programa de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (PIBIC-AF) e Programa de Iniciação Científica no Ensino Médio (PIBIC-EM). No caso da UCB ainda contemplando os editais PIC/UCB, PIT/UCB e IC Voluntário.
Na edição de 2018, a Universidade Católica recebeu seis indicações ao Prêmio Destaque de Iniciação Científica e 20 Menções Honrosas.
O Magnífico Reitor, prof. Dr. Ir. Jardelino Menegat, compôs a mesa de abertura da cerimônia. Ao seu lado esteve a Magnífica Reitora da Universidade de Brasília, prof.ª Márcia Abrahão; a decana de Pós-Graduação da UnB, Helena Eri Shimizu; a pró-reitora de Pesquisa e Inovação (PRPI) do Instituto Federal de Brasília (IFB), Luciana Massukado; a coordenadora de Programas Acadêmicos do CNPq, Lucimar Almeida; a coordenadora do curso de Biomedicina do UniCeub, prof. Fernanda Costa Vinhaes de Lima; o coordenador de Pesquisa e Pós-graduação do UDF, prof. Dr. Bernardo Petriz e a coordenadora de Iniciação Científica do IESB, Any Ávila.
A representante do CNPq, Lucimar Almeida, frisou na sua fala que “Atualmente dispomos de mais de 41 mil bolsas. São bolsistas que estão trabalhando intensamente na Iniciação Científica, seja no Ensino Médio ou no Nível Superior; com isso, fazemos um investimento de mais de 156 milhões por ano. Hoje vemos que aquele aluno, de iniciação científica e tecnológica, está mais preparado para enfrentar o mercado de trabalho. O Interesse do CNPq é ver este ex-bolsista no mercado de trabalho com um diferencial e que ele possa solucionar as questões, usar da criatividade e da ciência para conseguir resolver os problemas a ele impostos. Então, sintam-se abraçados pela comunidade científica por esse mérito. O nosso desejo é que sigam adiante, porque o que nós queremos ver é a cadeia completa de pesquisa, com o bolsista de iniciação científica do Ensino Médio, o de Ensino Superior, o mestrando e o doutorando, que possam saber onde e como começa a pesquisa e como ela termina”.
Para o reitor da UCB, as Instituições de Ensino Superior (IES) devem ter objetivos comuns em prol da educação brasileira. “Eventos como esse, que congregam as principais Instituições de Ensino Superior, é um alento, pois devemos atuar em conjunto para ter uma educação melhor para o nosso Brasil. Parabenizo a todos, de modo particular os 137 estudantes da UCB que enviaram seus trabalhos para o Congresso, um número expressivo de pesquisas”, ressaltou.
Para o Ir. Jardelino, a iniciação científica é o primeiro passo para a conexão entre Ensino Médio, graduação e stricto sensu. “Um pesquisador não nasce pronto, ele precisa começar desde o momento que nasce. Se descobrindo cientista, depois quando iniciar o seu período escolar, com todo aprendizado que os professores passam, chegando até o final do ciclo, com o pós-doutorado. Para vocês, estudantes, os desafios futuros serão ainda maiores. As profissões do futuro serão diferentes das de hoje, mas independentemente de qual seja a profissão escolhida, se você for capaz de resolver problemas, enfrentar desafios, você será escolhido. Vocês serão desafiados muito mais do que nós, da minha geração, fomos”, destacou.
A reitora da UnB, Márcia Abrahão, ressaltou a importância do apoio das instituições de fomento para construção de uma política de formação de cientistas. “Alguns dados são muito importantes e mostram a pujança que estamos tendo na iniciação científica. Foram 2700 trabalhos, aproximadamente 400 trabalhos com Menção Honrosa, 130 indicados para Prêmio Destaque e é a primeira vez que o Ensino Médio participa da premiação. Estamos caminhando, a passos largos, para a melhoria da qualidade da ciência no nosso país. Independente de quem vai ganhar, da instituição, essa cerimônia revela a importância da ciência para o nosso País. A iniciação científica é um percurso que temos que fazer para nós termos uma ciência de ponta. É importante que o CNPq continue apoiando todas as iniciativas, para, assim, quem sabe um dia conseguirmos um Prêmio Nobel saindo do nosso País. Está nas mãos de vocês esse desafio”.
“Somos um País que avançou muito na ciência, nos indicadores acadêmicos nos últimos anos, mas estamos passando por momentos muito difíceis, especialmente nas Universidades Públicas, com redução de investimentos. Contudo, continuamos a fazer o nosso trabalho e a desempenhar a nossa missão, que é formar bons cidadãos e fazer uma ciência de alto nível. Aumentamos e muito a nossa produção científica e precisamos continuar nessa caminhada”, frisou a reitora Márcia Abrahão.
Ainda segundo a reitora da UnB, ciência se faz com liberdade. “Não dá para ficar discutindo se vamos priorizar uma ou outra ciência (básica ou aplicada). Toda pesquisa é aplicada. Toda pesquisa, por mais fundamental que seja, ela vai algum momento retornar para a sociedade e o retorno inicial já é este, a formação de vocês. Da mesma forma, não podemos continuar discutindo se vamos levar dinheiro para a educação básica ou superior. Temos que ter recursos desde a creche até o pós-doutoramento. Um país para ser grande não pode prescindir de investir na educação”, disse Márcia Abrahão.
Primeiro trabalho científico
A estudante da UCB, Débora Juliane Marques, foi um dos agraciados com a Menção Honrosa nesta edição do Congresso. A pesquisa dela foi sobre criptografia e games. “A minha pesquisa inclui lógica de programação e um jogo lúdico que eu já havia desenvolvido em sala de aula, sob coordenação da minha orientadora, prof.ª. Graziela Guarda, aplicado, especialmente aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio, do Centro Educacional Católica de Brasília (CECB)”, destacou.
Sobre a premiação, Débora se disse surpresa. “Eu me sinto muito empolgada. Até agora não consigo acreditar que cheguei tão longe logo no meu primeiro trabalho científico. Meu primeiro artigo e eu já consegui chegar a Menção Honrosa desse congresso, então está sendo um sonho para mim. A minha meta é trabalhar no meu outro jogo lúdico, que desenvolvi, que também trabalha com criptografia. Esta é uma área que me interessa muito, porque eu quero mostrar para as crianças a importância da segurança de dados”, disse Débora.
Na UCB
A política de Pesquisa Científica e de Inovação da UCB tem por objetivo estimular a atividade acadêmica, desenvolver o pensamento crítico, aperfeiçoar a prática didático-pedagógica e gerar desenvolvimento por meio de atividades inovadoras. A pesquisa contribui para o fortalecimento da atuação de docentes e discentes na indissociabilidade entre as três dimensões da Universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão) e objetiva garantir o comprometimento institucional com a ética, o desenvolvimento sustentável, a inovação e a justiça social.
A Universidade Católica de Brasília estimula o discente de graduação a ingressar em atividades de pesquisa científica e tecnológica, por meio do Programa de Iniciação Científica, disponibilizando bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (PIBIC/CNPq) e da UCB por meio de editais. Estimula ainda a participação de discentes no Programa de Iniciação Científica e Tecnológica, na modalidade de IC Voluntária, disponibilizando um edital contínuo , para que a qualquer tempo o discente tenha possibilidade de propor um plano de trabalho junto ao seu orientador . Uma vez aprovado pelo Comitê Interno de Iniciação Científica e Tecnológica , o discente poderá dar início à sua jornada no campo da pesquisa e da tecnologia. É importante frisar que a vivência da iniciação científica e tecnológica favorece a formação acadêmica e a integração do egresso no mercado profissional.
Bolsa de Iniciação Científica
O estudante interessado em obter bolsa de iniciação científica deverá buscar no site da UCB informações sobre os projetos vigentes de acordo a área de conhecimento. Então, deverá entrar em contato com o coordenador e/ou professores pesquisadores do projeto de interesse para obter mais informações sobre o projeto e possível orientação.
Processo de Inscrição
Desde o edital de 2012, todo o processo de solicitação de Bolsas é realizado por meio da Plataforma de Apoio a Gestão Estratégica (PAGE). Confira aqui o vídeo explicativo de como cadastrar um plano de trabalho na plataforma PAGE e dar entrada em um processo seletivo de bolsa científica.
Mais informações, mande uma mensagem para a Coordenação de Iniciação Científica da UCB, no e-mail: pibicti@ucb.br.