No Século XXI as organizações, de indistinta natureza, estão expostas a inúmeros desafios, como por exemplo, sociais, econômicos, tecnológicos, ambientais e produtivos que requerem competências essenciais para aprender a conviver e se adaptar às mudanças radicais e sistêmicas de impacto global. As agendas pública e privada iniciam elaboração de estratégias para tratar os assuntos de aumento expressivo da população mundial, de demanda de energia, de mudanças climáticas, entre outros temas globais.
Contudo, há desafios cotidianos, menos perceptíveis, que progridem e comprometem demasiadamente as competências organizacionais. Alguns deles se estabelecem em duas frentes: na ignorância de tomada de decisão e na incompetência de geração de conhecimento e soluções sinérgicas. A título de ilustração cita-se o fato da extraordinária geração de massas de dados mundial, acompanhada pela incompetência para coleta, comparação e descarte de dados, geração de informação e análise para o suporte à decisão. Em síntese, o excesso de insumo sem método de compartilhamento e decisão dificulta a aprendizagem, o compartilhamento e a confiança organizacional para a tomada de decisão consciente.
Estabelece-se, portanto, uma grande oportunidade científica, profissional, educacional e sociocultural na elaboração sistêmica de pesquisas em Conhecimento Organizacional focadas na inteligência, aprendizagem, gestão e adaptação às mudanças dos ambientes externos das organizações.
No Programa, uma das estratégias para lidar com esses desafios é posicionar-se como um agente em um ambiente em que as mudanças são promovidas por inovações, atuações sinérgicas coletivas e por aprendizagem contínua. Com o intuito de se garantir resultados expressivos e consistentes nesta estratégia, o Programa escolheu os seguintes focos de atuação:
- Inteligência − tem por propósito antever (pensamento prospectivo) tendências, sinais, movimentos estratégicos, cenários, entre outros elementos prospectivos para suportar o processo de tomada de decisão das organizações. As áreas de conhecimento intrinsecamente relacionadas são Foresight, as inteligências Organizacional, Competitiva e Estratégica.
- Estratégia − o intuito é abordar as organizações, seus ambientes interno e externo, os processos de tomada de decisão e os sistemas cognitivos e criativos de forma a permitir que se aprenda a conviver com as mudanças e adaptações requeridas para inovar. São consideradas as novas práticas de relacionamento para geração de conhecimento e inovação, como as redes de conhecimento cujo êxito tem sido limitado por ausência de competências em várias ordens, como em: gestão de relacionamentos entre atores e organizações tipicamente marcadas por valores mais humanos; geração de conhecimento compartilhado; sinergia e desempenho do sistema para resultados; e acordos de propriedade intelectual e compartilhamento de resultados entre organizações.
• Gestão − a estrutura básica consiste em desenvolver uma formação epistemológica e metodológica de como se atua nas organizações, perpassando por princípios de auto-organização, sinergia nas interações e pensamento sistêmico.