A escola atualmente é o local onde o estudante permanece grande parte de sua vida, consequentemente, desempenha uma função importante na formação desse aprendiz. Foi pensando nesse vínculo afetivo formado entre estudantes e escola, que a prof.ª Dr.ª Cristina Costa Lobo, da Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Portugal, falou sobre os “Efeitos da afetividade sobre o processo de ensino e aprendizagem”.
A professora foi convidada para ministrar a Aula Magna da Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação, ocorrida na noite de terça-feira, 27 de fevereiro, no auditório do Bloco G. Estiveram presentes estudantes de Pedagogia, Letras, das licenciaturas, da Comunicação Social e de Tecnologia da Informação, professores e interessados no tema.
Segundo a prof.ª Cristina, as transformações ocorridas na sociedade e a intensidade com que as informações se modificam cada vez mais se refletem no ensino. Desse modo, exige-se que o ambiente escolar não seja um mero transmissor do saber.
“É indispensável enxergar o educando como um ser singular, pensante, construtor do seu próprio conhecimento e, de certa forma, composto por seus afetos, suas emoções, seus sentidos e suas percepções”, disse Cristina.
“Estudos levam a crer que o nível de evasão diminui muito quando existe afetividade, não só entre professores e estudantes, mas entre estudantes e estudantes. Então, é um trabalho que é desenvolvido, do professor trabalhar essa relação afetiva entre o próprio grupo, entre a própria equipe”, ressaltou a professora Cristina Costa Lobo.
Para a diretora da Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação, Anelise Pereira Shiler, a afetividade já vem sendo estudada há muitos anos enquanto um fator preponderante para a diminuição de evasão escolar. “É essencial que o estudante que se prepara para exercer a docência, além dos conhecimentos que ele adquire, pratica, desenvolve, ele também esteja apto a trabalhar a questão da afetividade para que ele forme vínculo com os estudantes, para que ele tenha essa perspectiva de acolhimento, compreensão, especialmente, criação de um ambiente onde o estudante possa se sentir bem, motivado a estar presente, a participar, a colaborar, dividir com seus próprios colegas, então, a afetividade é fundamental no processo”, frisou.
O prof. Dr. Geraldo Caliman, do Programa de Educação e coordenador da Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade, conduzida pela UCB, ressaltou a importância da experiência da professora Cristina na área de Psicologia, com formação com ênfase em Psicologia do Ensino e da Aprendizagem.
A professora Cristina é, desde maio de 2017, membro e leitora da Cátedra UNESCO.